Relatos de falta de insulina em farmácias privadas por todo o país têm gerado grande preocupação, entre os pacientes com diabetes tipo 1.
Na Bahia, apesar da escassez em farmácias privadas, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) assegura que o medicamento segue disponível na rede pública do SUS.
“Pacientes com diabetes tipo 1, sem insulina, podem morrer em 24 a 48 horas. Já aqueles com diabetes tipo 2 correm menos risco imediato, mas ainda podem ter complicações graves”, alerta Fábio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
De acordo com um representante de uma rede de farmácias na Bahia, que preferiu não se identificar, a insulina está em falta há cerca de cinco a seis meses.
Muitos clientes continuam buscando o medicamento, mas são orientados a conversar com seus médicos para considerar alternativas. A Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), no entanto, afirma não ter recebido notificações de desabastecimento generalizado entre as redes associadas.
Segundo o Ministério da Saúde, o problema é resultado da falta de insumos para a produção de insulina, uma questão global que tem impactado a oferta do medicamento.
Disponibilidade no SUS
Apesar dos desafios no mercado privado, a Sesab afirma que o fornecimento do SUS não foi comprometido. O Ministério da Saúde adquiriu 55,6 milhões de unidades do medicamento em 2024 e ampliou o orçamento para R$ 1 bilhão em 2025.
Além disso, alterou a periodicidade de envio da insulina aos municípios de trimestral para mensal, garantindo maior regularidade no abastecimento.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Bahia e farmácias do programa “Aqui Tem Farmácia Popular” oferecem dois tipos de insulina gratuitamente: a insulina humana NPH e a insulina humana regular. Para retirada, o paciente deve apresentar receita médica válida, documento de identidade e o cartão do SUS.
Felipe Batista, 19 anos, que utiliza insulina fornecida pelo Centro de Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia (Cedeba), expressa preocupação com a escassez na rede privada. “É uma situação muito delicada para quem depende do medicamento”.
O aposentado José Florêncio relatou dificuldades no mês anterior, quando precisou buscar insulina em farmácias privadas após falta de estoque na prefeitura de seu bairro, sem sucesso.
Além da insulina, o SUS oferece suporte para o monitoramento glicêmico, disponibilizando seringas, aparelhos para medir glicose, tiras reagentes e lancetas.
Aumento da diabetes no Brasil
O diabetes é uma doença que tem preocupado especialistas devido ao aumento expressivo de casos no Brasil.
A pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, aponta um crescimento de 65% na taxa de adultos com diabetes, de 5,5% em 2006 para 9,1% em 2021.
A garantia do fornecimento de insulina no SUS é fundamental para evitar complicações graves e mortes entre os pacientes, enquanto a situação nas farmácias privadas continua a ser motivo de apreensão para muitos brasileiros.
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Fonte: A TARDE
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