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domingo, 5 de janeiro de 2025

Enfermeira é acusada de racismo contra gerente de pet shop: 'Petista, baixa e preta'

 A Profissional da saúde foi afastada do hospital onde trabalha


A gerente de operações do Hospital Mater Dei Salvador, a enfermeira Camilla Ferraz Barros, é acusada de cometer racismo contra uma funcionária da loja Petz, no bairro de Imbuí, neste sábado (4). Durante uma confusão, que foi gravada e compartilhada nas redes sociais, ela chamou a gerente da unidade de "petista, baixa e preta". O caso foi registrado na 9° Delegacia (Boca do Rio).

De acordo com os funcionários do pet shop, a confusão aconteceu por volta das 14h, quando Camilla chegou à loja na companhia do marido, o co-piloto de uma companhia área Guilherme Andrade Xavier Conceição. "Ele foi ao setor da farmácia e queria indicações para o uso de um remédio de verme, só que a gente não pode fazer isso. Ele não gostou da explicação da atende e começou a se alterar e puxou o crachá da colega", conta uma funcionária ao CORREIO, na manhã deste domingo (05).

Neste momento, a gerente da loja foi acionada, na tentativa de resolver a situação. "Ela grita, dizendo que era juíza, que na segunda-feira ia mandar demitir e prender todo mundo. Foi aí que a nossa gerente chegou para tentar acalmá-la. Nisso ela (Camilla) agrediu a gerente, chamando de 'petista, baixa e preta', como está no vídeo que circula na internet", relata a funcionária. Ainda de acordo com ela, a enfermeira ofendeu outra colaboradora da loja. "Antes de sair com o marido, ela disse que a colega da recepção era um lixo só porque atendia os clientes. A menina foi agredida de gratuitamente, não tinha nada a ver com a confusão", relata.

Logo após o ocorrido, a gerente da loja e os demais funcionários foram orientados pela Polícia Militar, que chegou, depois, a registrar uma ocorrência na 9° DP. "Quando elas chegaram na delegacia, Camilla já estava lá com o marido, provavelmente alegando ter sido vítima de toda a situação", conta a fonte. A reportagem pediu um posicionamento da Polícia Civil, mas até agora nada.
Camilla é cliente antiga do pet shop. "Em 2023, ela participou de uma campanha nossa, adorou um gato. Ela nunca agiu desta forma. Ficamos surpresos", relata outra funcionária. O CORREIO tentou falar com Camilla, por meio de ligação e mensagem por WhatsApp, mas sem sucesso. O espaço segue aberto.

Já a Rede Mater Dei informou que "tomou conhecimento, através de vídeos veiculados em mídia social, de um episódio envolvendo uma de suas colaboradoras, e funcionários de um estabelecimento comercial" e foi instaurada uma "sindicância interna para apuração dos fatos e definição das medidas a serem tomadas. De imediato, enquanto a sindicância acontece, e até a definição final, a colaboradora em questão estará afastada das suas funções".

A Rede disse que "não compactua e repudia veementemente qualquer ato de discriminação, racismo, etarismo, homofobia, bullying ou qualquer forma de preconceito que viole os direitos humanos e desrespeite as diferenças" e que "sempre manteve e continuará a manter uma postura firme e inegociável contra todas as formas de discriminação e preconceito"

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Fonte: Correio da Bahia

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